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4 de set. de 2013

Qual a diferença entre Umbanda e Candomblé ?


Boa tarde caros leitores, amigos e irmãos de fé, por tempo não escrevo no blog, mas acreditem, se existe uma sina em minha vida essa sina é o irmão Claudio e agora por mais uma vez trabalharemos juntos, então talvez eu consiga cumprir a promessa de ser mais assíduo em meus textos. (Filhos de Oxóssi são caras de pau mesmo).

Em algumas conversas com ele, ou mesmo observando nossa página no Face, sempre surgem dúvidas quanto a Umbanda e o Candomblé, fundamentos de um e fundamentos de outro, e sempre a dúvida fica pairada no ar.

Afinal, qual a diferença entre Umbanda e Candomblé ?

Resposta: Tudo !

Melhor começarmos a discutir isso com outra pergunta, o que a Umbanda e o Candomblé tem em comum ?

Resposta: A mediunidade e o atabaque.

Sim, só isso.

Mas e os Orixás, há quem tanto louvamos e cantamos na gira de Umbanda.

Muitos irão discordar/ questionar quanto a resposta, mas em sua essência são coisas diferentes.

Na Umbanda se louva o Orixá, se canta, se reza e vibramos por eles. (Lembrando que a Umbanda definitivamente fundada pelo seu Zélio Fernandino, não tinha em sua essência o culto aos Orixás, e sim espíritos de desencarnados, como Caboclos e Pretos Velhos, a referencia ao Orixá na Umbanda não se sabe ao certo, mas a tese mais aceita de forma empírica é que os Pretos Velhos em sua vida carnal, o cultuavam de acordo com suas nações, e em sua jornada espiritual na seiva umbandista trouxeram esses ensinamentos e praticas de louvor. Mas lembrem-se que são coisas distintas, praticadas e consolidadas em períodos completamente distantes e diferentes na linha do tempo da história do Brasil.)

A Umbanda em si é constituída pela máxima da caridade através da mediunidade humana, onde os mentores por consultas, fazem a pratica dessa junto com seu médium e em meios aos trabalhos cantam e louvam os Orixás.

Ahhh Mentira ! E então o Ogum que eu recebo na Umbanda, não é um Orixá ?

Resposta: (Isso pode gerar bastante discordância entre os leitores) Mas não é um Orixá, é um espirito, um falangeiro que vem na "linha", vibração, daquele Orixá.

Por exemplo: Ogum Beira-Mar, não existe nas nações de Candomblé o Orixá Ogum cujo a qualidade seja Beira-Mar, esse é um termo brasileiro e da língua portuguesa.

Mas então quem são essas entidades e o que fazem ?

Assim como o Orixá Ogum atua nos caminhos, na guerra e na conquista, estes falangeiros também assim o fazem, a diferença é que eles são espíritos, e não essências puras como o Orixá que nasce do Ori de cada ser.

O mesmo acontece com os Caboclos de Xangô, as encantas de Iemanjá e Oxum etc..

No Candomblé a trilha é bem diferente, como diz meu zelador, Umbanda e Candomblé é como água e óleo, pode até parecer que num primeiro momento as substancias se misturam, mas depois a água decanta do óleo e elas se separam, não há como misturar. Umbanda é Umbanda e Candomblé é Candomblé. (Deixo aqui minha forte crítica para as casas que tocam o triste "umbandomblé")

Nos cultos de nação o Orixá é cultuado, mas qual a diferença disso ?

As reuniões de um Ilê não são pautadas por consultas, passes ou irradiações e sim se configura na incorporação do Orixá, nas danças, nos seus fundamentos e obrigações.

O Orixá no Candomblé é uma essência pura, um fragmento da natureza e até mesmo de Deus, assim como Iemanjá nas águas, Oxóssi e Ossain nas matas, Oxum nas cachoeiras.

Esse energia, pode ser considerada como uma centelha divina da própria natureza, que por sua vez tem a consciência e sua forma sublime e bruta ao mesmo tempo. Não se incorpora um Orixá a torto e a direito, não se da passagem a um Orixá como se da a um Caboclo, ele não sai com pés de dança pelo salão sem passar por processos e ritos, não se faz um Orixá num filho de santo sem ser pelas mãos de uma pessoa com no minimo 7 anos de iniciação.

Poderia ficar horas e horas, escrever linhas e linhas, para tentar separar essas duas religiões, mas para lição de casa e melhor entendimento, vale estudar um pouco sobre a origem de cada uma das religiões, para entender em si qual a diferença.

Deixo aqui um abraço cheio de paz para todos os nossos leitores, umbandistas e candomblecistas, Deus será sempre o mesmo e único.

Axé pra quem é de axé, saravá pra quem é de sarava e shallon pra quem é de shallon.




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